quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Visão de Cabral

A ‘cotidianização’ das redes sociais construiu uma nova relação entre si com terceiros e consigo mesmo. Uma relação velada de obrigação, padronização que aprisiona, independente de sua bolha, algo frio e distanciador, que cria também o falso senso de intimidade que, por consequência, gera uma Constance necessidade de atenção de terceiros. Uma prisão que nos coloca à venda, o valor dado em likes e retweets.
Visto isso, surge uma dificuldade em discernir o real do virtual, e torna o sujeito facilmente manipulável. Afinal, se o valor está quantificado por likes, seu caminho deve ser seguido como se segue um caminho de tijolos amarelos, rumo ao certo e desejado. Mas não é bem assim. Essa visão distorcida apresenta-se perigosa diante de questões sérias, por superficializar pontos importantes, banalizar questões perigosas.
Desse modo, torna-se verdadeiro por meio da popularidade, é exatamente por esse caminho de tijolos -já nem tanto- amarelos que se chega a destinos como o qual nos vemos hoje. No meio da floresta (se ainda tiver sobrado florestas), perdido no caos, sem saber por qual caminho sair.
Essa prisão da popularidade, no entanto, não apresenta tal perigo a partir do momento que nós notamos aprisionados. É nesse momento que nos livramos dela é podemos usá-la ao nosso favor. É nesse momento que vemos onde nos leva o falso caminho amarelo e podemos, finalmente, ter a consciência de construir um caminho melhor. Essa é nossa saída, como jovens críticos, como jovens artísticos, como jovens arquitetos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário